“A vida encontra um caminho”. Esta é uma célebre frase de Ian Malcolm, personagem interpretado por Jeff Goldblum em Jurassic Park, que fala sobre adaptação e sobrevivência. Curiosamente, isso é o que a franquia vem tentando fazer há anos nos cinemas, mas falhando miseravelmente. Parece que, assim como os dinossauros, as boas ideias foram extintas.
Já falei por aqui sobre como a máquina de Hollywood em transformar qualquer obra original em franquia matou Jurassic Park. O encantamento que Steven Spielberg apresentou no primeiro filme de 1993 foi se diluindo e virou produto de nostalgia na trilogia Jurassic World, que até começou com um certo potencial, mas no terceiro capítulo, Jurassic World: Domínio (2022), deixou claro sua exaustão e falta de ideias.
É assim que chegamos ao novo capítulo, Jurassic World: Recomeço (2025), uma sequência independente na franquia. E, olhando para os nomes envolvidos na produção, não dá para negar que era promissor. Com um elenco formado por Scarlett Johansson, Jonathan Bailey e Mahershala Ali, direção de Gareth Edwards – que têm experiência em grandes sagas de Hollywood como MonsterVerse com Godzilla (2014) e Star Wars com Rogue One (2016) –, além do retorno de David Koepp, roteirista dos dois primeiros filmes nos anos 90. Infelizmente, os fãs têm mais um resultado decepcionante.